segunda-feira, 11 de junho de 2012

PÉROLA

de joelhos no chão
vestido cinza
brasa acesa
toda molhada de certezas
cinzeiro a postos
afagos, risos, gozos
branca feito o maço
solta em seus pigarros
esbanja cautela
bonita
quem manda ser pérola
lá no fundo
jamais serei
da altura dela
da profundesa
nem se fala
sua lingua dança pra cantar
sem saber do quanto gostava
acaba gostando
para poder amar
óculos no chão
por de trás da fumaça
Tuffaut, ojeriza, amor
rouquidão
doados de tão doídos
é tarde
mas já vai clarear

Rollmopis

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