quarta-feira, 21 de setembro de 2011

DIM DIM


As vezes o pego me olhando de canto, nem sempre dou bola, já fomos amigos de outrora, não de berço, dividimos poucas coisas, e quando precisava, não aparecia nem rezando o terço; eu sofria sem tê-lo, sofria com cuidado, permanecia o zelo, o prazer em recebe-lo, usa-lo, gastar para ganhar de novo, só de saber que existia bastava, não era preciso nem vê-lo, caso sério, terminou com amizades, sociedades, adultérios, tanta história, notas e notas, cobranças, ouro, prata e cobre, e eu eu achando que era feliz por mal conhece-lo, talvez por não sentir seu peso, pois felicidade seria não precisar de seus gracejos, ignorar seus apelos, já gastar sem possuí-lo, taí um grande erro, cometido pelos mesmos, com o passar do tempo o pesar, e o fardo pesado de dificilmente recebe-lo, não morávamos distantes, nem longe nem perto, eu era capaz de passar do seu lado sem reconhecê-lo, o vi poucas vezes, ele me desdenhava e eu fingia não quere-lo, hora acompanhado de um homem gordo com pouco cabelo, hora ninguém vinha trazê-lo, já o vi na mão de senhoras, freiras, garotos, já o vi num saco de pão, pelo cheiro, lembro que poderia comê-lo... será saboroso esse tal de dinheiro? mamãe dizia que tinha o gosto que quisesse o dono, e eu pensava... com grana deve ser fácil, você pula etapas, passa fases com habilidade, faz a uva passa virar chocolate, maquia a verdade, viagens, férias, doces, farras, morte, se tiver sorte ou melhor dizendo se tiver dinheiro terás onde descansar, porque cama de dinheiro diz que é um conforto só, coisa de outro mundo, caso contrário, nem sei oq dizer, faltou dinheiro ganhar, onde será que ele nasce?? 
Eia dinheiro...


Rollmopis

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